Hoje em dia o computador já faz parte do nosso quotidiano, tornando-se mesmo uma ferramenta indispensável em várias atividades, seja a nível profissional, seja a nível pessoal.

Dadas as múltiplas funcionalidades que obtemos através do seu uso, muitos de nós acabamos por estar demasiadas horas à frente de um computador nas mais diversas atividades, o que acarreta graves prejuízos à nossa saúde.

De um modo geral, a exposição à chamada luz azul dos ecrãs pode provocar alterações de humor e alterações do nosso sono (ritmo circadiano). De um modo particular, pode provocar alterações na nossa saúde ocular.

No que toca à saúde ocular, a luz azul pode desencadear fadiga ocular, dor de cabeça e/ou sensação de olho seco. Na realidade, ainda não conseguimos quantificar, a longo prazo, quais as consequências desta exposição à luz azul emitida pelos monitores dos nossos computadores.

A luz azul é geralmente definida como uma luz visível entre os 380 e os 500 nanômetros (nm), o que representa aproximadamente um terço do espectro de luz visível.

A maior fonte de luz azul é a luz solar. No entanto, os seres humanos, hoje em dia, estão expostos a uma excessiva luz azul, proveniente dos aparelhos digitais que usamos todos os dias (ecrãs de smartphones, tablets, computadores, televisores, etc...). Ora o nosso olho é incapaz de bloquear ou impedir que esta luz azul entre no nosso olho em exagero.

Estudos recentes demonstraram que a exposição excessiva à luz azul pode causar danos na retina, provocando uma progressiva perda de células que detetam a luz, contribuindo para a degeneração macular relacionada com a idade (DMRI).

Estas descobertas deixam uma questão em aberto: Se a luz azul dos aparelhos digitais é tão prejudicial, por que é que os danos não são logo visíveis?

Não são imediatamente visíveis porque a presença de Vitamina E nos nossos olhos reduz os danos causados por essa luz. Infelizmente, com o avançar da idade, os níveis de Vitamina E vão decrescendo, aumentando assim os danos resultantes da exposição à citada fonte de luz.

O que pode fazer no seu computador para diminuir a entrada desta “luz azul” para o seu olho?

Para salvaguardar os seus olhos pode descarregar aplicações como F.lux ou DimScreen (que permitem manter a luminosidade ideal adequada aos níveis de luminosidade existente, de forma automática ou manual), ou LeDimmer, Backdrop (para MacOS) ou Dropcloth (para Windows).

No navegador Firefox, a extensão Night Mode Pro é uma alternativa para deixar sites escuros, sem o fundo branco usual de páginas como a do Google. O Turn Off the Lights é outra opção similar, que opera no Firefox, Internet Explorer, Safari, Opera Browser e Chrome. Esta opção escurece a página inteira e facilita a leitura em ambientes pouco iluminados.

Por outro lado, os usuários de óculos podem incluir nas suas lentes um tratamento específico para proteção da luz azul. Mesmo para quem não necessita de qualquer correção visual, podem ser utilizadas lentes neutras (sem graduação) com esta proteção específica.

Este tratamento para as lentes oftálmicas existe já em várias marcas. No entanto, convém realçar que este filtro pode ter alguma tonalidade residual, alterando parcialmente a visualização das cores. Assim, este filtro não é indicado para algumas profissões que precisam de ter precisão na observação das cores.

Adicionalmente, existem algumas dicas importantes para prevenir o cansaço ocular:

• Manter uma distância de pelo menos 50 cm do monitor;
• Usar o computador num ambiente bem iluminado;
• Prevenir os reflexos no monitor, não se devendo colocar de costas para uma janela;
• Seguir a regra dos 20/20/20: a cada 20 minutos fazer uma pausa de 20 segundos e fixar o olhar uma distância de 20 pés (cera de 6 metros).

Previna-se e proteja a sua visão!