Implicações oculares da Covid19
Dr. Carlos Monteiro | Optometrista
|
< Voltar a "Olhar pela sua saúde" |
Implicações oculares da Covid19 |
Dr. Carlos Monteiro | Optometrista
|
Em dezembro de 2019 na China, surgiu um surto de um novo Coronavírus, Síndrome Respiratória Aguda Grave-Coronavírus (SARS-CoV-2). Como sabemos, rapidamente se transformou numa pandemia a nível mundial e a Organização Mundial de Saúde nomenclou a doença por (COVID-19). Segundo a OMS, a doença manifesta-se de forma leve e moderada, sendo que 16% dos pacientes necessitam de cuidados intensivos.
Estudos recentes por investigadores franceses revelam que os pacientes com COVID-19 grave apresentam resultados com parâmetros anormais no globo ocular, várias inflamações ocorrem nos segmentos oculares (coroidite, retinite, descolamento de retina, neurite ótica). Com recurso a exames ao fundo ocular e a ressonâncias magnéticas, detetam-se várias alterações vasculares e inclusive nódulos papilo-maculares na retina em ambos os olhos. São mencionados sinais de alterações retinianas evidentes, tais como veias e artérias mais alargadas e tortuosas, hemorragias, e por vezes manchas algodonosas.
Com o recurso a OCT (Tomografia de Coerência Ótica) verificou-se que os indivíduos expostos ao vírus apresentam dilatação das artérias (diâmetro médio das artérias 98,3μm), comparativamente aos indivíduos que não foram infetados (diâmetro médio das artérias 91,9μm). De igual forma acontece com as veias da retina dos indivíduos expostos ao vírus (diâmetro médio das veias 138,5μm) relativamente a indivíduos não infetados (diâmetro médio das veias 123,2μm). Assim, o diâmetro da veia retiniana parece estar diretamente relacionado com o grau de gravidade da COVID-19.
Algumas destas alterações e transformações oculares são de natureza ainda desconhecida. No entanto, existem evidências que a infeção pelo vírus (SARS-CoV-2) é o causador comum para o surgimento de alguns processos patológicos. É também evidente nos estudos que estas alterações apenas surgem nos pacientes que tiveram COVID-19 em estado grave.
A vacinação é, portanto, uma ferramenta fundamental pois baixa drasticamente os casos de pacientes com necessidades de serem atendidos nos cuidados intensivos.
É importante estar atento e não ignorar sinais. Caso sinta perturbações de visão como cortina escura, manchas escuras ou visão distorcida (geralmente ondulada), procure de imediato um profissional de saúde ocular. Uma triagem atempada, permite um correto diagnóstico de forma a controlar a evolução de uma possível patologia retiniana.
No Grupótico temos equipamento para avaliar o fundo do olho (retinógrafo não midriático) e um serviço de análise médico patenteado e certificado (Retmarker). O retinógrafo permite uma avaliação da retina e a sua vascularização sanguínea, é um processo não invasivo, rápido e de fácil aquisição de imagens.
Fonte: Retinal findings in patients with COVID-19: Results from the SERPICO-19 study
Em dezembro de 2019 na China, surgiu um surto de um novo Coronavírus, Síndrome Respiratória Aguda Grave-Coronavírus (SARS-CoV-2). Como sabemos, rapidamente se transformou numa pandemia a nível mundial e a Organização Mundial de Saúde nomenclou a doença por (COVID-19). Segundo a OMS, a doença manifesta-se de forma leve e moderada, sendo que 16% dos pacientes necessitam de cuidados intensivos.
Estudos recentes por investigadores franceses revelam que os pacientes com COVID-19 grave apresentam resultados com parâmetros anormais no globo ocular, várias inflamações ocorrem nos segmentos oculares (coroidite, retinite, descolamento de retina, neurite ótica). Com recurso a exames ao fundo ocular e a ressonâncias magnéticas, detetam-se várias alterações vasculares e inclusive nódulos papilo-maculares na retina em ambos os olhos. São mencionados sinais de alterações retinianas evidentes, tais como veias e artérias mais alargadas e tortuosas, hemorragias, e por vezes manchas algodonosas.
Com o recurso a OCT (Tomografia de Coerência Ótica) verificou-se que os indivíduos expostos ao vírus apresentam dilatação das artérias (diâmetro médio das artérias 98,3μm), comparativamente aos indivíduos que não foram infetados (diâmetro médio das artérias 91,9μm). De igual forma acontece com as veias da retina dos indivíduos expostos ao vírus (diâmetro médio das veias 138,5μm) relativamente a indivíduos não infetados (diâmetro médio das veias 123,2μm). Assim, o diâmetro da veia retiniana parece estar diretamente relacionado com o grau de gravidade da COVID-19.
Algumas destas alterações e transformações oculares são de natureza ainda desconhecida. No entanto, existem evidências que a infeção pelo vírus (SARS-CoV-2) é o causador comum para o surgimento de alguns processos patológicos. É também evidente nos estudos que estas alterações apenas surgem nos pacientes que tiveram COVID-19 em estado grave.
A vacinação é, portanto, uma ferramenta fundamental pois baixa drasticamente os casos de pacientes com necessidades de serem atendidos nos cuidados intensivos.
É importante estar atento e não ignorar sinais. Caso sinta perturbações de visão como cortina escura, manchas escuras ou visão distorcida (geralmente ondulada), procure de imediato um profissional de saúde ocular. Uma triagem atempada, permite um correto diagnóstico de forma a controlar a evolução de uma possível patologia retiniana.
No Grupótico temos equipamento para avaliar o fundo do olho (retinógrafo não midriático) e um serviço de análise médico patenteado e certificado (Retmarker). O retinógrafo permite uma avaliação da retina e a sua vascularização sanguínea, é um processo não invasivo, rápido e de fácil aquisição de imagens.
Fonte: Retinal findings in patients with COVID-19: Results from the SERPICO-19 study
+351 252 622 558
info@grupotico.pt