Miopia: A Pandemia da Visão
Dra. Ana Margarida Carvalho | Optometrista
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Miopia: A Pandemia da Visão |
Dra. Ana Margarida Carvalho | Optometrista
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Cada vez mais há pessoas com miopia. A OMS começa a considerar a miopia como uma epidemia em muitos países. A previsão é que em 2050, 50% da população seja míope. Não só são preocupantes os novos casos de miopia, como também se tem verificado que as miopias estão a evoluir para graus de miopia mais elevados. A miopia elevada pode mesmo levar à cegueira. sendo já a 2ª maior causa de cegueira no mundo.
As pessoas com essa condição têm normalmente boa visão ao perto e dificuldades em ver ao longe. Isso deve-se a um crescimento superior na longitude do olho relativamente ao que seria normal.
A miopia está muitas vezes associada ao uso excessivo da visão de perto (leitura, computadores, tablets, telemóveis). Quanto mais tempo se passa em atividades que exigem mais na visão de perto, maior é a probabilidade de surgir miopia e sua consecutiva progressão.
Esta condição, além de causar problemas no que se refere à acuidade visual também aumenta o risco de patologias oculares como degeneração retiniana, descolamento de retina, cataratas, glaucoma e maculopatias. Por cada dioptria (unidade de medida que se refere ao poder retractivo de uma lente), o risco de surgimento destas patologias chega a aumentar mais de 10%.
As condições associadas à miopia têm um alto custo social e económico pelo que cada vez mais surge a preocupação da prevenção e estabilização da miopia.
O fator genético tem peso adicional no que se refere ao surgimento e na evolução da miopia, mas nos dias de hoje não caminha isolado e anda lado a lado com as exigências da visão de perto.
Sabe-se que atividades ao ar livre têm um papel benéfico fundamental no que diz respeito ao surgimento da miopia, mas relativamente à sua evolução isso não se verifica.
Neste contexto, nos últimos anos têm-se levado acabo estudos e desenvolvimento de tratamentos que possam estabilizar a progressão da miopia.
Existem tratamentos com lentes oftálmicas, lentes de contacto (LC) ou fármacos que visam estabilizar o aumento da miopia. Estes tratamentos baseiam-se, essencialmente em controlar o aumento do crescimento axial do olho e por consequência o aumento da miopia. Esse objetivo é transversal a qualquer um dos métodos.
Os tratamentos com lentes de contacto são anteriores aos de lentes oftálmicas. Dois tipos distintas de LC utilizadas para o controle da progressão da miopia são as lentes de ortoqueratologia ou as lentes MiSight. As LC de ortoqueratologia são LC utilizadas durante a noite, material semi-rígido e renováveis anualmente. As lentes MiSight, são lentes “moles”, descartáveis e diárias.
Algumas das lentes oftálmicas existentes no mercado são a lente Miopilux e mais recentemente a lente MiYosmart. Atualmente estão a surgir outras marcas no mercado como este tipo de lentes oftálmicas que visam controlar a progressão da miopia. O surgimento de lentes de óculos tem sido alvo de maior investigação nos últimos anos. Quase por “necessidade urgente” em controlar a progressão desta pandemia, urgem aparecer no mercado métodos mais fáceis de serem utilizados pelos pacientes. Um óculo será sempre menos invasivo que uma LC. Se pensarmos que deverá ser utilizado em idade muito tenra, crianças a partir dos 6 anos (idade em que muitas vezes surge a miopia), um método mais “fácil” será sempre mais abrangente quer para as crianças, quer para os pais.
Em relação ao tratamento com fármacos, que consiste na administração de gotas de atropina, existem estudos que também evidenciam taxas de sucesso muito interessantes. Este tratamento tem de ser indicado pelo médico oftalmologista.
Alguns dos tratamentos citados chegam a atingir taxas anuais de redução da progressão da miopia na ordem dos 6o%.
Além da preocupação de aconselhar sobre boas práticas de saúde visual com o fim de prevenir que a miopia surja nas crianças, cabe-nos a nós, profissionais, trabalhar na prevenção do controle da evolução da mesma. Desta forma, estamos a diminuir o caso das patologias oculares já mencionadas e a impedir que miopias cheguem ao grau de altas miopias.
Não hesite em perguntar ao seu especialista da visão como deve prevenir e manter a sua boa condição visual.
Cada vez mais há pessoas com miopia. A OMS começa a considerar a miopia como uma epidemia em muitos países. A previsão é que em 2050, 50% da população seja míope. Não só são preocupantes os novos casos de miopia, como também se tem verificado que as miopias estão a evoluir para graus de miopia mais elevados. A miopia elevada pode mesmo levar à cegueira. sendo já a 2ª maior causa de cegueira no mundo.
As pessoas com essa condição têm normalmente boa visão ao perto e dificuldades em ver ao longe. Isso deve-se a um crescimento superior na longitude do olho relativamente ao que seria normal.
A miopia está muitas vezes associada ao uso excessivo da visão de perto (leitura, computadores, tablets, telemóveis). Quanto mais tempo se passa em atividades que exigem mais na visão de perto, maior é a probabilidade de surgir miopia e sua consecutiva progressão.
Esta condição, além de causar problemas no que se refere à acuidade visual também aumenta o risco de patologias oculares como degeneração retiniana, descolamento de retina, cataratas, glaucoma e maculopatias. Por cada dioptria (unidade de medida que se refere ao poder retractivo de uma lente), o risco de surgimento destas patologias chega a aumentar mais de 10%.
As condições associadas à miopia têm um alto custo social e económico pelo que cada vez mais surge a preocupação da prevenção e estabilização da miopia.
O fator genético tem peso adicional no que se refere ao surgimento e na evolução da miopia, mas nos dias de hoje não caminha isolado e anda lado a lado com as exigências da visão de perto.
Sabe-se que atividades ao ar livre têm um papel benéfico fundamental no que diz respeito ao surgimento da miopia, mas relativamente à sua evolução isso não se verifica.
Neste contexto, nos últimos anos têm-se levado acabo estudos e desenvolvimento de tratamentos que possam estabilizar a progressão da miopia.
Existem tratamentos com lentes oftálmicas, lentes de contacto (LC) ou fármacos que visam estabilizar o aumento da miopia. Estes tratamentos baseiam-se, essencialmente em controlar o aumento do crescimento axial do olho e por consequência o aumento da miopia. Esse objetivo é transversal a qualquer um dos métodos.
Os tratamentos com lentes de contacto são anteriores aos de lentes oftálmicas. Dois tipos distintas de LC utilizadas para o controle da progressão da miopia são as lentes de ortoqueratologia ou as lentes MiSight. As LC de ortoqueratologia são LC utilizadas durante a noite, material semi-rígido e renováveis anualmente. As lentes MiSight, são lentes “moles”, descartáveis e diárias.
Algumas das lentes oftálmicas existentes no mercado são a lente Miopilux e mais recentemente a lente MiYosmart. Atualmente estão a surgir outras marcas no mercado como este tipo de lentes oftálmicas que visam controlar a progressão da miopia. O surgimento de lentes de óculos tem sido alvo de maior investigação nos últimos anos. Quase por “necessidade urgente” em controlar a progressão desta pandemia, urgem aparecer no mercado métodos mais fáceis de serem utilizados pelos pacientes. Um óculo será sempre menos invasivo que uma LC. Se pensarmos que deverá ser utilizado em idade muito tenra, crianças a partir dos 6 anos (idade em que muitas vezes surge a miopia), um método mais “fácil” será sempre mais abrangente quer para as crianças, quer para os pais.
Em relação ao tratamento com fármacos, que consiste na administração de gotas de atropina, existem estudos que também evidenciam taxas de sucesso muito interessantes. Este tratamento tem de ser indicado pelo médico oftalmologista.
Alguns dos tratamentos citados chegam a atingir taxas anuais de redução da progressão da miopia na ordem dos 6o%.
Além da preocupação de aconselhar sobre boas práticas de saúde visual com o fim de prevenir que a miopia surja nas crianças, cabe-nos a nós, profissionais, trabalhar na prevenção do controle da evolução da mesma. Desta forma, estamos a diminuir o caso das patologias oculares já mencionadas e a impedir que miopias cheguem ao grau de altas miopias.
Não hesite em perguntar ao seu especialista da visão como deve prevenir e manter a sua boa condição visual.
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